Sitemap: o que é, para que serve e como criar

sitemap

A internet não para de crescer. Todos os dias, milhares de páginas, das mais variadas temáticas, são criadas e publicadas. Para que possamos encontrar os conteúdos mais relevantes, usamos os buscadores, que ficam responsáveis por catalogar e organizar por ordem de relevância os melhores sites.

É neste contexto que o sitemap pode ajudar. Mas o que é um sitemap? Como criar um? Existe mais de um tipo? Imagens e vídeos precisam ter um sitemap a parte? Como submeter o sitemap ao Google?

A seguir, preparei um conteúdo completíssimo sobre o tema. Espero que você goste e, ao final, entenda melhor como tudo funciona. Confira!

O que é indexação?

Antes de falarmos sobre o sitemap, é preciso que você compreenda o que é a indexação. Se você já conhece o tema, pode pular para o próximo tópico. Se ainda não conhece, não tem problema, nós vamos explicar de uma maneira bem simples.

O Google, e os outros buscadores, funcionam como uma livraria. Quando um novo livro chega em uma livraria, os funcionários devem encontrar um lugar para guardá-lo, certo? Além disso, existem as prateleiras em destaque, que são mais visualizadas e, como consequência, as chances de venda dos livros expostos nelas são muito maiores.

Na web, os livros são os sites e as prateleiras em destaque são as primeiras páginas de resultado quando você faz uma pesquisa. Para saber quem vai ficar nas primeiras páginas, o Google faz um processo chamado ranqueamento, que acontece em três etapas.

Primeiro, os crawlers entram no site e mapeiam o que há de novo. Depois, eles indexam (armazenam as informações) e, por fim, classificam em ordem de prioridade, comparando com as informações já catalogadas, para saber se colocam o site em destaque ou não.

O que é sitemap?

Imagine que você está entrando em um parque de diversões e, ao entrar, você se depara com diversas opções de caminhos. É muito mais fácil quando você pode consultar um mapa, se localizar e saber quais caminhos pegar para chegar onde deseja, certo? Com um site também é assim.

Como o próprio nome já indica, o sitemap é uma espécie de mapa, que guia usuários e robôs dos buscadores, de modo que eles consigam navegar de modo mais simples entre as páginas para encontrar o que desejam. 

Qual é a função de um sitemap?

Milhares de páginas são criadas todos os dias. Já imaginou se o Google fosse rastrear e indexar todas elas de uma só vez? Ainda mais levando em consideração que nem todas são relevantes a ponto de aparecerem nas pesquisas do buscador. 

Por isso, existe o conceito de orçamento de rastreamento ou crawl budget. Resumidamente, é a quantidade de recursos disponíveis que os robôs podem gastar em um canal. Em outras palavras, seria como o tempo que eles podem dispor para navegar entre as páginas.

Logo, quanto maior o site em questão, mais tempo será preciso. E não estamos falando apenas de páginas. Tudo que é inserido no site é rastreado, incluindo imagens, links, vídeos, entre outros recursos. 

Em sites com muitas coisas para rastrear, é comum que o Google só analise alguns de cada vez e, como resultado, páginas sem valor podem ser rastreadas, enquanto páginas importantes podem deixar de ser analisadas.

É justamente nesse cenário que o sitemap XML pode ajudar. Ao sinalizar quais páginas existem e quais delas valem a pena seguir, os robôs precisarão gastar menos tempo. Consequentemente, o processo de indexação é facilitado, além de fortalecer a arquitetura de informação.

Formatos de sitemap

Existem diferentes formatos de sitemap. O que os diferencia é, principalmente, o conteúdo ou estrutura do seu site. Veja:

  • sitemap.XML – é um arquivo em formato XML (eXtensible Markup Language) que contém todas as URLs de um site. Similar a um mapa, seu propósito é ajudar os robôs dos buscadores a navegar em um canal, compreendendo quais páginas existem e quais delas podem ou não indexar.
  • RSS, mRSS e Atom 1.0 – usado quando o blog tem um feed RSS ou Atom. A maior parte dos softwares já gera um feed, mas apenas com as URLs recentes. Também é possível usar um feed mRSS (media RSS) para facilitar a indexação de vídeos no seu site.
  • Texto – o sitemap de texto é usado quando o sitemap inclui somente as URLs de páginas. Nesse caso, é só enviar um arquivo de texto com uma URL por linha. O arquivo deve estar codificado em UTF-8 e não precisa ter o nome de sitemap, mas a extensão precisa ser txt.

Índice de sitemaps

Conforme a documentação do próprio Google, o sitemap deve conter até 50 mil URLs e 50 mb. A partir disso, é necessário criar um arquivo de índice de sitemap para listar diferentes sitemaps e enviá-los ao Google.

Vale ressaltar, que os sitemaps que constam no arquivo de índice precisam estar no mesmo diretório que o arquivo de índice de sitemap ou abaixo na hierarquia do site. Confira as instruções do Google.

Extensões de sitemaps

Alguns conteúdos são mais difíceis de indexar e precisam de um “empurrãozinho” para serem analisados com mais facilidade. É o caso das imagens, vídeos e portais de notícias (neste último caso, a indexação dos conteúdos precisa ocorrer em uma velocidade maior, para não perder a relevância). Nos próximos parágrafos, vamos explicar um pouco melhor sobre cada um.

Imagens

Se o seu site conta com portfólio de imagens, ilustrações ou fotografias, você pode adicionar as imagens separadamente ou criar um sitemap apenas para elas. Isso facilita a detecção de conteúdos que não poderiam ser encontrados de outra maneira. O próprio buscador disponibiliza instruções para esses casos.

Vídeos

A criação de um sitemap de vídeo ajuda o Google a encontrar e compreender os vídeos que são hospedados em suas páginas. Assim como nas imagens, você pode incorporar tags de sitemap de vídeo ou criar um separadamente, apenas para esses conteúdos.

O Google não garante que eles serão indexados e existem alguns requisitos importantes para que o processo ocorra da maneira correta. Porém, a vantagem é que, além de links, o formato permite incluir informações importantes para o buscador, como a miniatura da mídia, descrição e tempo de duração. Tudo isso com o propósito de economizar o tempo dos crawlers.

Notícias

No jornalismo, a temporalidade é um dos fatores mais importantes. A notícia de ontem não é mais interessante, ainda mais nos dias de hoje, em que a informação pode ser transmitida em segundos. Sendo assim, para acompanhar todo esse dinamismo, existe o sitemap de notícias.

Diferente dos outros formatos, ele indexa mais rápido. No entanto, para evitar que vários arquivos sejam criados, os artigos no Google Notícia ficam disponíveis por 30 dias. Deixando ou não a URL no sitemap, é esta a validade que os textos terão no recurso. 

Para este tipo de recurso, é importante seguir requisitos como incluir URLs dos artigos publicados nos últimos 2 dias e remover as URLs após esse período ou inserir metadados para que o buscador compreenda que eles são antigos. Saiba mais sobre os sitemaps do Google Notícias na página oficial do buscador.

Como fazer um sitemap?

Se você nunca criou um sitemap para o seu site, fique tranquilo. Se você estiver utilizando um CMS como o WordPress, Wix ou Blogger, provavelmente ele já disponibilizou um sitemap para os mecanismos de busca. Basta procurar informações sobre o seu CMS e checar o seu sitemap, verificando se atende às suas necessidades.

Se o seu site não tiver muitas páginas e conteúdos, você pode criar um sitemap simples manualmente. Você vai precisar de um editor de texto e de conhecimento da sintaxe para criar um sitemap válido. No entanto, em longo prazo, pode ser difícil mantê-lo atualizado, por isso, vamos para a maneira mais utilizada: os sitemaps gerados automaticamente com ferramentas.

Diversas ferramentas, além dos próprios CMS e alguns plugins, podem ser utilizados para a criação de sitemaps. O Google disponibiliza uma lista completa deles. Se você investe em SEO e usa plugins como Yoast e o Rank Math, eles também contam com essa funcionalidade.

Outra boa opção é o Screaming Frog. Na versão gratuita, o programa gera automaticamente mapas com até 500 URLs. Você pode, também, fazer o processo totalmente manual. Não costuma ser recomendado devido ao nível de atenção necessário.

Além disso, com ferramentas como o XML-Sitemaps.com, por exemplo, você pode criar o seu sitemap sem precisar instalar nada.

Como enviar um sitemap?

Depois de criado, você pode enviar o sitemap no Google Webmaster Tools (Google Search Console) usando a funcionalidade relatório de sitemaps. Outra maneira é enviar o sitemap usando a API Search Console.

Vale lembrar, que o Google não vai rastrear o seu sitemap sempre que rastrear o seu site. Para informar uma modificação, é preciso enviar um ping, enviando uma solicitação GET no seu navegador ou na linha de comando para esse endereço, especificando o URL completo do sitemap. Saiba mais.

Além do Google, o Bing também é um buscador muito utilizado. Ele está em segundo lugar entre os sites de busca mais populares, por isso, você não deve menosprezar seu potencial. Para submeter o sitemap ao Bing, basta acessar e configurar a ferramenta Webmaster, acessar a função “sitemaps” e clicar no botão “enviar sitemaps”. Confira todas as instruções do buscador Bing

Agora que você já sabe o que é um sitemap, para que ele serve, como criar e utilizar, saiba que este é um dos passos para tornar o seu site otimizado. Confira nosso guia de criação de sites!

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Karina Oliveira

Sou especialista em conteúdo estratégico digital, apaixonada por resultados e pelo impacto que o compartilhamento de informações pode ter para as empresas e para a sociedade.