O que é a Search Generative Experience e como ela afeta o SEO?

Search Generative Experience (SGE)

Você já ouviu falar da SGE (Search Generative Experience)? Trata-se de uma nova forma de pesquisa do Google, baseada em inteligência artificial, que promete revolucionar a forma como encontramos informações na internet. Além disso, o Bing, o buscador da Microsoft, também está usando o ChatGPT, um modelo de conversação avançado, para interagir com os usuários.

Essas mudanças trazem novos desafios e oportunidades para os profissionais de SEO, que precisam adaptar os seus conteúdos para essa nova realidade. Neste post, vamos explicar o que é a SGE, como ela funciona e como ela impacta o SEO. Confira!

Como funciona a Search Generative Experience?

O Google lançou recentemente a Search Generative Experience (SGE), uma funcionalidade que usa a IA generativa para fornecer respostas personalizadas para as consultas dos usuários. A SGE usa os conteúdos presentes nas páginas de pesquisa para gerar respostas por escrito, usando diferentes fontes na web. Veja o vídeo de apresentação do Google:

A SGE aparece quando o usuário faz uma consulta mais complexa que não é facilmente respondida por um único resultado de pesquisa. O Google mostra setas discretas e um agrupamento dos sites do lado direito, onde o usuário pode clicar para ver as respostas de IA. Veja na imagem abaixo um exemplo:

SGE Google

É importante lembrar que a Search Generative Experience está em evolução. É muito cedo para definir se os resultados realmente aparecerão dessa forma. Para fazer o teste e começar a usar a SGE, você precisa ativar a funcionalidade no Search Labs.

Em um de seus anúncios, o Google se propôs a testar a exibição de links diretamente nas respostas instantâneas geradas pela Experiência Generativa de Pesquisa, assim como seu concorrente, o Bing Chat. No entanto, o anúncio foi realizado em agosto e a imagem acima foi gerada em novembro.

O Bing também tem uma funcionalidade semelhante, chamada de “Chat”. O Bing Chat mostra significativamente mais links em suas respostas de IA do que o Google SGE. Mas também fornece outros recursos,  conta com links de publicidades. Veja:

Bing Chat

O efeito da busca no Bing Chat e na Search Generative Experience é o mesmo: como se um assistente humano pesquisasse o tópico e escrevesse um resumo do que encontrou.

Quais são os impactos da IA generativa para o SEO?

Embora o Google diga que isso não afetará os acessos aos sites, não há como medir (ao menos por enquanto) o tráfego proveniente das respostas de IA, pois não há como identificar essa fonte nas ferramentas como o Google Search Console, o Google Ads ou o Google Analytics.

O Bing ainda deu um passo à frente e passou a incluir os dados da pesquisa por chat no Webmasters Tools, mas, infelizmente, ele o agrupa juntamente com os cliques da web, sem distinguir a diferença da origem de ambos.

Webmasters Tool

Além disso, em alguns testes que realizei no Bing Chat, encontrei fontes incorretas: o link informado não continha a informação que ele indicou. 

Fica o questionamento também sobre como as respostas que envolvem anúncios e outros temas podem ser enviesadas. Mas, também preciso dizer que me surpreendi com a fluidez da linguagem nos resultados. Diferentemente do ChatGPT em sua versão gratuita, ele entrega um conteúdo com uma construção bem mais amigável.

Particularmente, como profissional de SEO me preocupo com a maneira como poderemos medir esse tráfego. Surgirá uma nova categoria de fonte de tráfego? Porém, como profissional de conteúdo, acredito que o básico sempre funciona e que conteúdo de qualidade e relevante se destacará.

Quando os snippets de destaque e outros recursos de resposta instantânea foram implementados, isso impactou somente os sites que continham informações muito genéricas. Além disso, depois, percebeu-se que os usuários ainda clicavam nas respostas, por acharem muito curtas. Eles desejam respostas mais completas e aprofundadas.

Além disso, um dos benefícios das pesquisas com IA generativa é o fato de que ela é multilíngue. Ou seja: o seu conteúdo pode ser exibido como resposta para uma questão em qualquer idioma. Seria essa uma oportunidade de portais e alguns sites se aventurarem no mundo do marketing de conteúdo multilíngue?

Não há como prever como essa história se desenrolará. De qualquer forma, não é o fim do SEO. É mais uma de suas muitas transformações.

Implementando o Answer Engine Optimization

Diante desse cenário de mudanças, os profissionais de SEO precisam se adaptar à IA generativa nos buscadores e buscar estratégias para se destacar. Uma das maneiras é utilizando o Answer Engine Optimization, que consiste em tornar seu conteúdo centrado em perguntas e otimizado para respondê-las.

Por utilizarem processamento de linguagem natural (PNL) altamente sofisticado, aprendizado de máquina e coleta de big data em tempo real, as respostas geradas por IA não são mais somente uma classificação com base em alguns critérios. Essas tecnologias proporcionam a capacidade de responder a perguntas complexas dos usuários, usando informações dos conteúdos.

Testes realizados pela MOZ mostram que nem sempre os primeiros resultados orgânicos eram os escolhidos para aparecer nas respostas da Search Generative Experience. Isso mostra que este é um sistema diferente. É sobre entregar respostas relevantes.

Algumas mudanças já podem ser implementadas para aumentar as chances de se destacar nessas pesquisas. Abaixo, listamos alguns exemplos.

Entenda que o AEO não é apenas sobre a Search Generative Experience

Antes de tudo, é preciso que você compreenda que as técnicas de AEO não refletem somente na Search Generative Experience. Outros recursos como “as pessoas também perguntam”, snippets em destaque e pesquisas por voz também funcionam por meio da entrega de respostas.

Mais conteúdo relevante, menos palavras-chaves genéricas

A busca por palavras-chave ainda se mantém importante. Porém, no AEO, ela é voltada para os termos mais específicos de cauda longa. É preciso entender o que os usuários estão buscando e fornecer as melhores respostas, além de usar também termos semânticos relacionados, aprofundando o tópico. 

Além disso, para fornecer respostas relevantes, é essencial entender a intenção por trás das consultas de pesquisa dos usuários.

Saiba que algumas pessoas querem apenas uma resposta curta

É um fato de que muitos usuários procuram respostas mais aprofundadas para suas dúvidas. Mas alguns deles desejam apenas uma resposta curta e objetiva. A dica aqui é criar um resumo curto da resposta e, em seguida, explicá-la com mais detalhes.

Vá além das perguntas das ferramentas

Além de consultar as perguntas mais pesquisadas nos buscadores, você também pode consultar registros das perguntas do seu chatbot (se houver), perguntar para o seu time quais são as questões mais levantadas pelos clientes e até mesmo analisar fóruns de mensagens do setor para encontrar as dúvidas e problemas que você pode entregar as respostas.

Continue com os dados estruturados

Os dados estruturados como FAQ, How to e relacionados também podem aumentar as chances do Google compreender o seu conteúdo e fazer com que ele apareça com mais frequência nos recursos de respostas das SERP (Featured Snippets, People Also Ask, Knowledge Panels , etc.).

Faça uso de listas e marcadores

As listas e os marcadores são formas de apresentar informações de forma clara e concisa, o que facilita a leitura e a compreensão do seu conteúdo. Além disso, eles são formatos que podem ser facilmente exibidos nos snippets em destaque, boxes de resposta ou assistentes virtuais. 

Por isso, utilize listas e marcadores sempre que possível em seu conteúdo, especialmente para responder a perguntas do tipo como, o que, quando, onde, por que e quem.

Invista em boas imagens para as miniaturas

Atualmente, as imagens das fontes citadas aparecem em destaque na Search Generative Experience. Se isso continuar, será importante pensar um pouco mais nas imagens em destaque dos seus conteúdos, uma vez que, assim como as miniaturas do YouTube, elas provavelmente afetarão seu CTR.

Invista no EEAT

Neste novo cenário, o algoritmo de pesquisa do Google valoriza ainda mais o EEAT, que é a sigla de Experience, Expertise, Authoritativeness and Trust (Experiência, Especialização, Autoridade e Confiabilidade, em português). 

Por isso, sua estratégia de SEO deve priorizar elementos como demonstrar seu conhecimento e experiência, construção de autoridade, confiança por meio de avaliações de clientes, estudos de caso e conteúdos aprovados por especialistas no assunto.

Agora que você já conhece a Search Generative Experience, sabe como ela afeta o SEO e conferiu dicas de como implementar o Answer Engine Optimization, pode estar se perguntando por onde começar. Nós podemos te ajudar! Entre em contato conosco e solicite um orçamento sem compromisso.

Karina Oliveira

Karina Oliveira

Sou especialista em conteúdo estratégico digital, apaixonada por resultados e pelo impacto que o compartilhamento de informações pode ter para as empresas e para a sociedade.