Desde os primórdios do Marketing de Conteúdo, nós já contávamos com artigos disponíveis por meio de pesquisas no Google para produzir textos. O problema não está em usar fontes confiáveis como referência, afinal, os redatores não têm como saber sobre todos os temas que escrevem, a menos que sejam especialistas, mas sim no temido plágio.
Embora pareça uma “terra sem lei” os conteúdos possuem direitos autorais e existem até leis que protegem os autores e podem recair sobre a sua empresa caso você não tome cuidado com o conteúdo que posta em seu site, blog e redes sociais. Quer entender melhor o tema? Continue a leitura!
O que é plágio?
É considerado como plágio o conteúdo que é copiado, reproduzido ou apresentado como de autoria própria, seja de forma parcial ou completa. Isso inclui até mesmo copiar uma ideia, abordagem ou a estrutura de um conteúdo, seja ele um artigo de blog ou um post nas redes sociais.
Em uma rápida pesquisa na Internet, podemos encontrar conteúdos que são extremamente similares uns aos outros, até mesmo com intertítulos, frases e trechos que são escritos apenas em outras palavras.
Além de ser antiético, isso acaba por poluir a Internet com informações repetitivas, que não agregam nas pesquisas. Produzir conteúdo vai muito além de gerar posts, é ter a responsabilidade para tornar a web um lugar com mais informações relevantes.
O problema do plágio no Marketing de Conteúdo
Para as empresas que produzem conteúdo, as consequências podem ir muito além da publicação de textos sem grande relevância. Nós separamos abaixo as principais consequências do plágio para uma estratégia de Marketing de Conteúdo.
Perda de credibilidade
Você confiaria em alguém que copia os conteúdos da concorrência? O plágio pode comprometer muito a reputação da marca e, ao invés de gerar autoridade, as cópias podem mostrar falta de originalidade e honestidade, deixando seu público desconfiado.
Penalizações nos mecanismos de busca
Mecanismos de busca também tem um controle muito rígido sobre plágio. No caso do Google, diversas atualizações são lançadas constantemente para avaliar se os conteúdos dos sites são relevantes e originais.
Quando o plágio é detectado, ele aplica penalizações que podem chegar até a retirada completa do site das páginas de resultados. Ou seja: seu site pode sumir do Google!
Imagine todo o esforço, tempo e investimento feito para produzir dezenas de conteúdos indo pelo ralo… Além de afetar ainda toda a sua estratégia de Marketing Digital.
Consequências legais
A Lei 9.610, de 1998, é responsável por regular os direitos autorais de diversos tipos de conteúdo, inclusive livros, filmes, artigos acadêmicos, ilustrações, sites, entre outros. O artigo 184 do Código Penal aborda que o crime contra a propriedade intelectual pode levar à multa ou detenção de três meses a um ano.
Ah, e se você pensa que pode arriscar e nada acontece, saiba que existem inclusive ferramentas para monitorar os textos postados.
Muitos produtores de conteúdo, empresas, veículos de notícias e autores de modo geral, já utilizam essas ferramentas para rastrear os conteúdos e verificar se estão sendo copiados. Se eles notarem o plágio, a situação não será nada agradável.
Por fim, ainda tem os valores morais e éticos. Afinal, o autor se dedica para criar um conteúdo todo original, lê, estuda, coloca as habilidades criativas em ação, aplica os conceitos de SEO, tudo para no fim ter o conteúdo copiado sem os devidos créditos? Nada legal.
Como evitar o plágio na produção de conteúdo para web
Lá na introdução, explicamos que usar os conteúdos como referência é uma prática bem comum, é a cópia da ideia ou do conteúdo que se torna um plágio. No entanto, a linha pode parecer meio tênue para quem não tem muita experiência, por isso, trouxemos dicas para evitar o plágio no Marketing de Conteúdo.
Faça uma pesquisa aprofundada
Um grande equívoco é se inspirar somente nos primeiros resultados da busca. De fato, eles podem ser analisados para verificar os motivos pelos quais estão bem posicionados e como produzir um conteúdo ainda mais completo e relevante. Além disso, é muito importante checar informações em fontes confiáveis e elas tendem a se posicionar bem.
No entanto, muitos autores e sites de especialistas também produzem conteúdo e, seja pela falta das técnicas de SEO (otimização para mecanismos de busca) ou por produzirem poucos conteúdos, eles podem não estar logo ali, na primeira página.
Sendo assim, faça uma pesquisa aprofundada, verifique a veracidade das informações e, quando for utilizar uma citação, lembre-se de inserir os links para creditar os autores. Quando você pesquisa de verdade e entende o assunto, evita acabar apenas repetindo o que viu em outros textos.
Cite corretamente
Às vezes, precisamos mencionar informações importantes nos conteúdos, como leis, estudos, pesquisas ou notícias. Quando fazemos isso, é comum utilizar uma citação literal da fonte original, que pode ser identificada como plágio.
Para que isso não aconteça, você deve realizar ações como realizar a citação direta, deixando a fonte em evidência, além de inserir um hiperlink para o local de onde retirou a informação. No caso de livros, lembre-se de inserir as informações completas e, se estiver citando uma versão online, informe. Por exemplo:
Sobrenome, Iniciais do Nome. Título do Livro. 2ª edição. Cidade de Publicação: Editora, Ano de Publicação. Disponível em: URL (Acessado em: Data de Acesso).
Utilize imagens e vídeos autorizados
Não são só os textos que contam com direitos autorais. Por isso, nada de sair pesquisando qualquer imagem ou vídeo no Google para aplicar no post do blog ou redes sociais. É importante conhecer os direitos de uso desses conteúdos. Grande parte dos que estão nos resultados de busca não permitem o uso, ou permitem mediante pagamento.
Existem bancos de imagens grátis e pagos que são destinados para a criação de conteúdo e você pode usá-los em seus projetos. Mas é importante checar o tipo de autorização, principalmente nos bancos de imagens gratuitos.
Alguns são disponibilizados para uso pessoal, outros permitem o compartilhamento comercial, mas não permitem modificações, enquanto outros exigem créditos – nada mais justo, pois você estará mostrando gratidão e respeito pelo trabalho deles.
Crie conteúdo com personalidade
Para criar conteúdo original e relevante, é importante que a sua marca desenvolva tom de voz e abordagem únicos, sempre levando em consideração a persona a que ele se destina.
Evite exemplos e analogias que já tenham sido utilizados, compartilhe as informações de uma nova perspectiva, insira novas informações demonstrando que tem conhecimento no assunto e não tenha receio de adicionar elementos como histórias, cases e metáforas.
Todos esses aspectos reunidos transformam seu conteúdo em único e o tornam muito mais autêntico, além de gerar conexão com o público.
Sobre autoplágio e traduções
Você já ouviu falar em autoplágio? Ele acontece quando o mesmo redator, ao produzir conteúdos sobre o mesmo tema diversas vezes, acaba realizando plágio de si mesmo. Acontece que, mesmo que sejam materiais do mesmo tema, costumam ter propósitos diferentes e podem até ser destinados para clientes diferentes que concorrem na mesma palavra-chave. Captou o problema?
Eles podem apresentar risco de plágio e acabar prejudicando a empresa. É aí que entra novamente a dica de desenvolver uma linguagem e abordagem única de acordo com a empresa e suas personas.
E a tradução? Algumas pessoas acreditam que traduzir o conteúdo não leva a detecção de plágio, mas isso não é verdade. Lembra que a definição de plágio é a cópia ou reprodução sem citar os autores? Ainda que o conteúdo tenha uma tradução muito bem-feita, é importante dar os devidos créditos para quem criou aquele conteúdo.
Dicas de ferramentas de detecção de plágio
Quando se trata de produção de conteúdo em grande escala, muitas empresas mantêm equipes de redação ou contratam redatores para aumentar a quantidade de material produzido. Nesse contexto, é importante considerar a implementação de ferramentas de detecção de plágio para garantir a originalidade do conteúdo utilizado.
Até mesmo quando eu era redatora freelancer, costumava utilizar essas ferramentas para ter certeza de que o conteúdo que entregava não era similar demais a outros, mesmo sem intenção. Abaixo eu listo algumas ferramentas de detecção de plágio que podem ser úteis para você.
- Copyscape: esse é o meu queridinho. Ele foi o primeiro que utilizei e uso até hoje. Apesar de ser pago em dólar, basta inserir a URL da página, fazer upload do arquivo ou copiar e colar o conteúdo, para receber um relatório com o percentual de possibilidade de plágio.
- Duplichecker: já usei bastante o Duplichecker quando não tinha muito recursos para pagar uma ferramenta pro. Sua versão free permite avaliar textos com até 1.000 palavras e eu o acho bem eficiente.
- Plagium: tem como um grande benefício poder ser pago em reais, além de contar com planos pré-pagos e mensais.
- Grammarly: é muito conhecido por ser uma ferramenta de correção gramatical e ortográfica, mas também conta com recursos de detecção de plágio.
- CopySpider: é um freeware (gratuito) que pode ser usado para detecção de plágio, mas que precisa ser instalado em seu computador e só funciona com Windows.
Esses são só alguns exemplos de ferramentas de detecção de plágio disponíveis. A maioria permite que você gere um relatório de autenticidade, o que é muito bom para produtores de conteúdo que podem ter essa tranquilidade adicional no dia a dia.
Agora que já abordamos bastante sobre plágio, que tal algumas dicas de Marketing de Conteúdo para atrair e engajar sua audiência? Confira nosso guia completo!