Não dá para negar mais a importância do Marketing Digital. Estima-se que estamos evoluindo dez anos em apenas um. Por conta da pandemia, organizações de todos os portes e setores precisaram se desenvolver, criando novos meios de realizar vendas e se relacionar com seu público.
Isso fez com que o discurso que já usávamos há anos se concretizasse: não há como fugir da transformação digital. Se você quer saber tudo sobre este tema, encontrou o lugar certo. Abaixo você verá um apanhado das informações que precisa saber para entender o Marketing Digital. Confira!
O que é Marketing Digital
O Marketing Digital é um grupo de ações que são feitas para gerar resultados para pessoas, marcas e empresas de maneira não presencial. Apesar de, em um primeiro momento, parecer que as ações offline só migraram para o digital, na verdade é muito mais complexo, uma vez que o digital permite realizar ações e medir dados de uma maneira que é impossível no offline.
Anos atrás, quando iniciei na produção de conteúdo, o termo ainda era pouco difundido no Brasil. A maioria das empresas mal tinha um site e estavam começando a perceber a necessidade de estar online e aparecer no Google.
Agora, você encontra pessoas falando sobre Marketing Digital aos montes. Porém, não é simples fazer Marketing Digital, uma vez que ele vai mudando conforme o comportamento dos usuários. Quando Tik Tok surgiu, quem diria que as empresas estariam estudando maneiras de se relacionar com seu público por meio dele?
Muitas ferramentas já entraram e desapareceram da web. Podemos citar por exemplo: Snapchat, Vine, Google+, MySpace, Formspring e muitas outras. Estudar Marketing Digital significa aprender a usar todas as ferramentas que podem gerar oportunidades para os clientes, sem saber até quando elas funcionarão ou serão “superadas” por outras.
Além disso, é preciso estar sempre antenado em novidades para poder aproveitar aplicar as estratégias que estão em seu auge e podem render bons resultados.
Marketing Digital se trata de pessoas. O que elas desejam, o que precisam, como se comportam. Quem esquece disso e foca apenas em tentar vender, acaba colocando os pés pelas mãos hora ou outra.
O surgimento do Marketing Digital
Web 1.0
Nos anos 90 a tecnologia passou por muitas transformações. O chamado período Web1.0 trouxe os motores de busca (inclusive o Google), o ICQ e outras ferramentas. Elas não eram completas e não faziam tanto quanto as que usamos hoje em dia, mas passaram a ser um pouco mais acessíveis.
Se haviam usuários presentes na web, as empresas encontraram um novo caminho para chegar até eles. No entanto, a comunicação ainda era de via única, muito similar aos comerciais de televisão e outras estratégias offline em que o consumidor era exposto a anúncios e mais anúncios de vendas. Era com o que a sociedade estava acostumada, então, naturalmente funcionava.
O primeiro anúncio clicável surgiu em 1993 e, neste período, existiam apenas um pouco mais de 100 sites publicados. Era uma ferramenta cara por falta de pessoas capacitadas para produzi-la, além disso, no Brasil, poucas pessoas tinham acesso a computadores e menos ainda acesso à Internet.
Web 2.0
Apesar da Web 2.0 ter acontecido só um pouco após o surgimento da Web 1.0, a transformação foi marcada pelo surgimento dos blogs e dos chats. Foi quando os usuários começaram a ter a possibilidade de produzir seus próprios conteúdos. A Internet se popularizou e começou a abranger mais do que as grandes empresas.
Além disso, os sites já não eram estáticos e passaram a ter um layout mais focado nos usuários e nas usabilidades para poder aparecer mais nos buscadores.
Web 3.0
Conhecida como “Web Inteligente”, a Web 3.0 introduziu recursos de interação e também novas funcionalidades. Os algoritmos e as inteligências artificiais conseguem traçar seu perfil, oferecer o que você precisa com base em dados. Ao fazer uma busca no Google, ele já consegue retornar resultados muito mais assertivos do que na época de seu surgimento.
Inclusive, seus “robôs” que escaneiam as páginas dos sites conseguem perceber se você está copiando conteúdos, forçando demais para aparecer, se o seu conteúdo tem qualidade ou não. Tudo automaticamente.
No Marketing Digital, isso significou o direcionamento de informações mais voltada para atender as necessidades de usuários. Anúncios ainda funcionam, mas contam com mais direcionamento e são aliados à estratégias para atrair os consumidores, ao invés de meios de obrigá-los a ver promoções e informações sobre a empresa.
Web 4.0
Nós já entramos na Web 4.0. Nela, a inteligência artificial tem uso massivo e há interação e uso constante entre humanos e máquinas. De acordo com a Profª Drª Lúcia Santaella, a Web 4.0:
… diz respeito as novas emergências atuais, big data, computação na nuvem, inteligência artificial. A web 4.0 é a web dos algoritmos que estão rastreando tudo o que a gente posta nas redes. A inteligência artificial profunda é aquela que está desenvolvendo robótica e algoritmos capazes de aprendizagem e que estão começando a realizar tarefas cognitivas que só o ser humano foi capaz de realizar. (ABCIBER – FACOM/UFJF, 2019)
Podemos esperar em um futuro próximo cada vez mais o uso da comunicação sem fio, além de instantaneidade, dinamicidade e interação cada vez maior entre pessoas e máquinas.
Quanto ao Marketing Digital, já temos conteúdos escritos para responder perguntas que são feitas por comandos de voz, além de adaptações diversas para conseguir se destacar da concorrência que em alguns setores é intensa. De qualquer modo, o Marketing fará o que sempre fez: se adaptará às novas práticas, ferramentas, tecnologias e seus usos.
O uso da Internet no Brasil
No Brasil ainda há uma grande parcela de brasileiros sem acesso à Internet e conhecimento sobre essa tecnologia, mas em 2019 uma pesquisa mostrou que 74% da população com 10 anos ou mais já é usuária da rede e, de acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o uso da Internet aumentou entre 40% e 50% em 2020. É uma tendência que só aumenta e que as empresas não podem mais ignorar.
Faça você mesmo o teste e tente se lembrar de quanto tempo você já não passou olhando para uma tela ao invés da janela ao estar em um veículo, seja ele um carro ou o transporte público. Pense também qual foi a última vez que você leu um outdoor ou quando foi que viu um folheto e pensou: legal, vou guardar isso para quando eu precisar!
Agora você precisa de um restaurante nas proximidades? Pesquisa no Google, pergunta para a Alexa. Nem os antigos imãs de geladeira fazem sucesso. Temos aplicativo até para pedir o gás e a água.
Veja bem, não é que o Marketing Offline deixou de funcionar. Para muitos nichos e públicos ainda funciona e ele pode até ser integrado ao digital. Porém, não há mais como uma empresa estar alheia a essa transformação.
Benefícios do Marketing Digital
O Marketing Digital é um grande aliado das empresas, pois trouxe muitas vantagens que mudaram a maneira de fazer marketing para melhor. Ainda duvida? Veja abaixo os benefícios de utilizar o Digital para promover seu serviço/produto e se relacionar com os clientes.
Democratização das oportunidades
Você já viu quanto custa para colocar um outdoor? Anunciar na TV, na Rádio e em outros meios de comunicação online? Antes somente grandes empresas conseguiam se destacar, pois elas contavam com recursos para isso.
Agora com R$100 você consegue colocar um anúncio no Google ou nas redes sociais.Obviamente quem investe mais, aparece mais, entretanto você consegue competir, dentro de suas possibilidades, com grandes corporações.
Porém, vale ressaltar, que é preciso investimento. Apesar de não ser caro pagar pela veiculação, você precisa estar disposto a contratar profissionais especializados e que sabem o que estão fazendo.
Não é apenas criar e colocar no ar um “simples” anúncio, um artigo de blog ou uma campanha. O Marketing Digital exige conhecimento em design, redação, pesquisa, SEO, tráfego pago e muito mais.
Bons profissionais entregam serviços eficientes e o valor agregado que uma boa estratégia de Marketing Digital pode trazer é muito grande.
Eficiência de segmentação
Poder falar com o maior número de pessoas possível parece ser uma boa oportunidade, mas, em termos de marketing, não é a melhor opção, afinal, não é todo mundo que quer ou que pode comprar seu produto e contratar seu serviço.
Então, por que perder tempo se relacionando com quem não vai se interessar pelo que você tem a dizer? O ideal é investir dinheiro no público certo. Assim você economiza e consegue resultados com um esforço muito melhor.
O Marketing Digital permite que você faça anúncios para pessoas com base em região, idade, sexo, nacionalidade e até mesmo hábitos e interesses. Você também consegue verificar quais canais essas pessoas usam e até mesmo horários e dias determinados para que o seu anúncio apareça.
Alguém que vende uma solução para insônia, por exemplo, pode deixar os anúncios ativados de madrugada, que é quando as pessoas que sofrem com este problema estarão mais abertas para buscar soluções.
Análise e mensuração de dados
Volte aos anos 60. Imagine quando as agências de marketing e publicidade precisavam criar anúncios, mas não conseguiam testar a efetividade das campanhas e anúncios. Claro, era possível perceber se estava vendendo, mas não se sabia por exemplo, se a venda teria vindo de um folheto, um anúncio na televisão ou na indicação de um cliente.
Foram anos de dinheiro gastos com base em “achismos”, mas agora os dados podem ser analisados em tempo real e uma campanha pode ser alterada enquanto ela acontece, com base nas métricas verificadas. Você pode perceber se um anúncio do Google dá mais retorno do que um no Instagram, por exemplo, e redirecionar sua verba para lá.
Interatividade
Lembre-se de anos atrás quando você via um anúncio em uma revista ou na TV e não gostava ou gostava muito. Não era possível expressar isso de modo que pudesse ser ouvido. Agora os usuários não só podem opinar sobre as campanhas, publicações e ações, como também podem participar delas.
Olha só essa ação da Coca Cola baseada no filme “007 – Operação Skyfall” em que o consumidor era desafiado a resgatar os ingressos para o filme em outra plataforma. Eles davam um prazo de 70 segundos e colocavam diversos obstáculos pelo caminho:
Como fazer Marketing Digital
A pergunta de 1 milhão de Reais… Preciso reforçar caso você tenha pulado as informações anteriores: a grande verdade é que fazer Marketing Digital significa aprender sobre uma série de ferramentas, conceitos e estratégias e aplicá-las de maneira que tragam resultados para os objetivos que você procura.
Cada empresa ou marca está em um momento diferente, tem necessidades diferentes, atende a nichos diferentes e públicos diferentes. Sendo assim, não tem uma receita pronta ou dica única que eu ou qualquer outro profissional possa te dar e você simplesmente coloca em prática para dar certo.
Pensando nisso, separei este tópico em informações que você precisa saber para começar a entender e depois a fazer Marketing Digital. Vamos lá?
Site institucional
O site institucional é o local onde você colocará quem é sua empresa, o que ela faz, como ela faz e outras informações que possam ser relevantes para o seu público. Apesar de algumas empresas se contentam com as redes sociais para compartilhar conteúdo, é preciso lembrar que o seu site é um canal seu. Você controla o que será mostrado ou não e dita as regras.
Nas redes sociais você acaba sendo refém do algoritmo que eles projetam, que já é de conhecimento geral que restringe a limitação orgânica para que a empresa tenha que pagar caso queira aparecer. Afinal, é assim que eles fazem dinheiro.
Além disso, um site institucional aumenta a credibilidade da empresa e se torna um canal para que você possa conquistar posições nos mecanismos de busca.
E-commerce (loja virtual)
Sites institucionais e e-commerces são duas coisas diferentes, embora ambos sejam websites e sejam constituídos por páginas da web. O site institucional é utilizado para apresentar seu negócio, enquanto o e-commerce é projetado para vender produtos online.
Pense em um furgão e um sedan. Ambos são carros, mas são diferentes e servem para objetivos distintos. O e-commerce requer um nível de segurança maior, já que serão realizadas transferências bancárias. Os produtos terão páginas, cada qual com sua descrição, foto, preço, ficha técnica e outras informações.
Estas são só algumas diferenças técnicas entre as várias que os separam. É possível ter um site institucional integrado a uma loja virtual, mas é importante que você conheça as diferenças e entenda as complexidades de cada um.
Buyer Persona
Muita gente acha que buyer personas são representações de todos os clientes em potencial e criam diversas delas. Porém, as buyer personas são representações semifictícias do seu cliente ideal.
Sabe aquele cliente perfil de cliente que compra seu produto, mas não o valoriza e não fideliza ou o outro que compra no impulso? Eles não são buyer personas. A buyer persona é aquele tipo de cliente que você quer atrair e que lhe dá um bom retorno.
Ela é usada para pensar nas maneiras e meios de comunicação que você realizará, nos temas que abordará, entre outros. Em todas as etapas da sua estratégia você precisará se perguntar: isso agrada a minha buyer persona?
Podem existir mais buyer personas em vendas complexas, como no B2B quando a decisão de compra é tomada por mais de uma pessoa, por exemplo. Mas quanto mais buyer personas a sua empresa tiver, mais complexas serão as estratégias e campanhas realizadas.
SEO
Search Engine Optimization é um conjunto de estratégias utilizadas para melhorar seu site e seu conteúdo de modo que eles agradem os motores de busca. O objetivo é fazer com que o seu site seja bem posicionado nos resultados de buscas, também conhecido como SERP (Search Engine Results Page). Quanto melhor posicionado, mais pessoas chegarão até o seu site, gerando oportunidade de negócios.
Existem muitas técnicas envolvidas no SEO, desde a maneira como a página é construída, até formatação de conteúdos e outros fatores. Também são usadas ferramentas para acompanhar a evolução da estratégia e as necessidades de melhorias.
Publicidade Digital
A publicidade digital é dividida em três tipos de mídia: adquirida, possuída e paga. As adquiridas são aquelas que vêm da interação com o público, como os comentários, compartilhamentos, menções e comentários.
Já as mídias possuídas pertencem a alguém, que pode ser um website, perfis em redes sociais, blogs, entre outras. As mídias pagas são usadas para promover o conteúdo por meio de anúncios no Google, nas redes sociais e em outros canais. Confira algumas modalidades de anúncios:
Display Ads
Também conhecidos como banners, os anúncios em display misturam textos e imagens. Eles não aparecem nos resultados da busca, mas sim nas páginas dos sites que são monetizados e permitem a exibição de anúncios em troca de ganhos.
Pay-Per-Click (PPC)
Este tipo de anúncio é cobrado por clique (por isso o nome). Eles aparecem nos mecanismos de busca do Google e você pode configurá-los de acordo com as palavras-chave que interessam seus usuários.
Deste modo, quando eles realizarem a pesquisa, você tem a oportunidade de aparecer como opção. Eles são acompanhados de uma tarja escrito “anúncio”. Provavelmente você já os viu e até clicou neles.
Retargeting
Já visitou um site e depois, ao visitar outros, começou a ver anúncios de produtos ou serviços do site anterior? Este é o retargeting. Ele funciona como um estímulo para alguém que visitou seu site poder ter a oportunidade de se converter em cliente.
É importante não confundir remarketing e retargeting. O remarketing ocorre quando um lead ou cliente que já tem interesse mais claro no produtos ou serviços da marca não conclui uma ação.
Essa ação pode ser a compra de um produto abandonado no carrinho ou o pagamento por um curso online que não foi concluído, por exemplo.
Inbound Marketing
Inbound Marketing, também conhecido como Marketing de Atração, é a estratégia criada para que a empresa seja encontrada pelos clientes em potencial e não o oposto. Nele, a empresa compreende as dores e necessidades dos consumidores para depois criar um canal de comunicação para oferecer a solução.
Para criar estratégias de Inbound Marketing são usadas ferramentas para realizar pesquisas e descobrir o que o público está procurando, depois são criados materiais para mostrar como a empresa pode auxiliar.
Quando isso é feito com regularidade, a audiência é criada e a empresa passa a manter um relacionamento com ela. Isso gera autoridade, confiança, entre outras vantagens que aumentam a geração de resultados.
Marketing de Conteúdo
O conteúdo é a alma do Marketing Digital. Isso porque, se você analisar, tudo na Internet é um conteúdo. Desde artigos de blogs, a vídeos, podcasts, posts criados pelas empresas e pelos próprios usuários. Quando a empresa conquista seu espaço e é ouvida, as ações de Marketing Digital são muito mais eficientes. De acordo com o Content Marketing Institute, a definição de Marketing de Conteúdo é:
“O marketing de conteúdo é uma abordagem de marketing estratégica focada na criação e distribuição de conteúdo valioso, relevante e consistente para atrair e reter um público claramente definido – e, em última análise, para impulsionar uma ação lucrativa do cliente.”
Essa estratégia tem longa duração e sua base é o fornecimento de conteúdo valioso e relevante. Com essa estratégia, você cria conteúdos para os mais diversos canais, de maneira consistente e estrategicamente pensada para atingir os seus objetivos.
Blog
O blog é um dos canais de comunicação que pode ligar você ao seu público. Uma de suas principais vantagens é poder compartilhar os conteúdos que quiser, quando quiser e da maneira que preferir. O espaço é todo seu e os conteúdos ficarão disponíveis pelo tempo que você mantiver seu blog no ar, funcionando como meio para uma estratégia de baixo custo e eficiente.
Isso porque, quando você cria um artigo para o blog, pode levar em consideração as otimizações de SEO e melhorar seus rankings no Google. Também consegue fornecer informações relevantes para gerar credibilidade e criar uma conexão que reduza o tempo entre a abordagem e o fechamento da venda com o cliente.
Os resultados são conquistados em longo prazo, então não basta criar um artigo, publicá-lo e esperar os acessos chegarem. Na verdade, há um trabalho muito maior por trás da produção de um artigo e ele requer planejamento, utilização de ferramentas, pesquisas de palavras-chave, monitoramento e otimização constantes.
Apesar disso, o esforço é recompensado: uma vez que seu site passa a se tornar relevante e conquistar as primeiras páginas do Google, fica cada vez mais fácil obter resultados. Ao contrário dos anúncios pagos que exigem um esforço e investimento constante, sem que fiquem mais fáceis ou mais baratos com o tempo.
Redes Sociais
As redes sociais têm como objetivo promover a comunicação, a influência e o diálogo. As marcas já aprenderam que utilizá-las só traz benefícios, levando conteúdos tanto institucionais, como comerciais e de relacionamento entre cliente e empresa.
Uma estratégia de rede social bem feita pode fazer toda a diferença na maneira como o público enxerga a marca. Mas atenção: nada de sair fazendo posts de venda ou datas comemorativas. É necessário um planejamento com conteúdo relevante para a sua persona, além de manter a regularidade nas publicações e otimizar a estratégia cm frequência.
E-mail Marketing
O e-mail marketing é uma das estratégias mais antigas do Marketing Digital e tem relevância até hoje, principalmente para o mercado B2B. Nele são enviadas mensagens para um grupo de contatos e, como consequência, a empresa pode se relacionar com clientes existentes e com potenciais clientes, fortalecendo a marca e aumentando a taxa de conversão.
Abaixo seguem alguns dos princiapis erros sobre e-mail marketing que você não pode cometer:
- Compra de leads: além de não ser uma prática vantajosa, já que você não tem como comprar leads qualificados o suficiente, agora é contra a Lei. A LGPD diz que, para enviar uma comunicação por e-mail, o usuário deve ter aceitado a Política de Privacidade e concordado em receber tais conteúdos.
- Envio de material comercial excessivo: você gosta quando alguém conversa com você só para pedir algo em troca? Os clientes também não. Se você enviar conteúdo apenas para vender, existem grandes chances de ser jogado para o SPAM e ainda ganhar a fama de inoportuno.
- Excesso de e-mails: tudo que é demais acaba estragando. Evite enviar uma quantidade muito grande de e-mails e lotar a caixa de entrada do lead.
Existem 5 tipos de e-mail: informacionais, nutrição, educacionais, transnacionais e newsletters. É interessante que você conheça as especificidades de cada um e escolha os que mais podem levar resultado. Vale também fazer testes para saber na prática o que agrada o seu público.
Gestão de Leads
Os leads são um ponto central do Marketing Digital, afinal, atraí-los é o que vai gerar conversão para a empresa. A gestão do leads é um processo que consiste em gerar o lead, cuidar desse lead de forma que ele possa receber os melhores conteúdos para suas necessidades, além de receber conteúdo (nutrição) e ser abordado pelo comercial no momento certo.
Conforme a sua base for crescendo, ficará cada vez mais difícil gerenciá-la. Mesmo porque, os leads que já se tornaram clientes não deixam de ser leads da base, eles podem receber conteúdo diferenciado para a compra de um serviço ou produto complementar, podem receber conteúdos com dicas para tornarem-se fidelizados, entre outras estratégias.
Para que tudo isso possa ser feito com eficiência e com base em dados, é necessário recorrer à tecnologias, com as automações que vão facilitar e otimizar suas estratégias de upsell, cross-sell e de retenção de clientes.
Automação de marketing
A automação de marketing é uma ferramenta muito poderosa do Marketing Digital. Por meio dela você consegue arquitetar maneiras de levar o lead por todo o funil de vendas e convertê-lo em um cliente fiel.
Podcasts
A popularização dos podcasts fez com que eles se tornassem mais uma das ferramentas digitais que podem ser utilizadas para gerar resultados. Este conteúdo pode ser consumido mesmo quando se está longe do computador, enquanto se está andando, dirigindo e até trabalhando.
Cada vez mais eles estão chamando a atenção dos usuários e, consequentemente, das empresas que desejam ter um espaço em meio ao conteúdo via áudio.
Link Building
Link Building é a relização de ações com o objetivo de conquistar backlinks (links em sites externos que apontem para o seu). Elas são muito importantes pois, além de gerar tráfego para o seu site, também mostram ao Google que ele é relevante e popular, fazendo com que você ganhe mais pontos e aumente o poder de ranqueamento.
Atualmente o Google verifica os backlinks para ver se eles realmente levam os usuários para as páginas de interesse. Então, se você tem uma floricultura, não adianta conseguir um backlink de um site de uma autopeças. É preciso que um serviço esteja relacionado ao outro.
Entre as maneiras de conseguir backlinks estão os guest posts, onde você troca conteúdo com um site do seu nicho. Também pode ser obtido via publiposts e de maneira natural, quando você escreve um conteúdo tão relevante que vira referência para outros sites.
Métricas de Marketing Digital
Uma das maiores vantagens do Marketing Digital é a possibilidade de medir os resultados e tomar as decisões baseadas nos dados obtidos. Porém, para desfrutar desse benefício, você precisa definir os parâmetros de mensuração certos.
Um grande erro popular são os famosos sorteios de Iphone nos perfis de redes sociais. Empresas que não estão minimamente relacionadas ao mercado de venda de celulares realizam esses sorteios com a finalidade de conseguir seguidores.
O perfil enche de comentários, seguidores, curtidas e compartilhamentos, mas depois o engajamento é completamente prejudicado, afinal, as pessoas que começaram a seguir a página não fizeram isso por se interessarem pelo conteúdo disponibilizado ou pelos produtos/serviços. Eles não são a persona. Em alguns casos é preciso excluir o perfil e começar do zero para contornar a situação.
O mesmo pode acontecer se você criar um conteúdo viral que nada tem a ver com a empresa. Por mais que haja muitos seguidores, eles não vão se converter em clientes.
Conquistar a audiência certa é trabalhoso e demanda esforço, não existem atalhos mágicos. Pensando nisso, conheça algumas das métricas que podem ser utilizadas.
Métricas do blog
No blog você pode medir dados como:
- Visitantes únicos – quantidade de visitantes que acessaram a página dentro de um período de tempo.
- Sessões – interações como visualizações de páginas e cliques que um usuário realiza dentro de um período.
- Tráfego orgânico e pago – sessões que vieram dos motores de busca ou de campanhas pagas.
- Taxa de conversão: a porcentagem de número de visitas e o número de conversões, sendo que a conversão pode ser de visitante em lead ou visitante em cliente (no caso de e-commerces).
- Links externos – links em sites externos que direcionam para o seu blog.
Métricas gerais
ROI (Retorno Sobre Investimento)
O ROI compara o seu custo com o retorno que você obteve. Se em 1 ano você gastou R$50 mil, mas seu faturamento vindo desse investimento foi de R$300 mil, seu ROI foi de 500%, Nada mal, né?
Fórmula do ROI = retorno – custo do investimento / custo do investimento
Você pode verificar o ROI de campanhas pagas separadamente, para saber se o valor que está investindo está compensando. Só fique atento com as estratégias que geram frutos a longo prazo, pois certamente o ROI pode parecer negativo mesmo sendo positivo no futuro.
MRR (Receita Mensal Recorrente)
Muito usada em pagamentos por assinatura, essa métrica permite que você tenha uma previsão dos ganhos dos meses seguintes. Também pode ser usada em serviços com contratos de pagamentos parcelados. Exemplo:
Se você vende um serviço de R$10 mil em 12 parcelas, a receita mensal proveniente daquele cliente é de R$833,33. Some isso a cada parcela de cada cliente de acordo com os meses contratados e terá o MRR.
Taxa de Retenção
Também conhecida como Churn, é o porcentual de clientes que continuam com você após determinado período. Pode ser calculada usando o número de clientes do começo e do final de um período juntamente com o número de novos clientes.
Observá-la pode ajudar a medir a eficiência do serviço prestado, pois se ela aumentar, é preciso verificar porquê e como reverter a situação.
Taxa de Retenção = ((Clientes no fim do período – novos clientes)/clientes no começo do período) * 100
Se você começou o período com 95 clientes e encerrou com 100, no intervalo teve 7 cancelamentos, mas conquistou 12 terá 5 clientes extras. Sua taxa de retenção será de 87,36% e a de desistência 12,64%.
CAC (Custo de Aquisição de Clientes)
Essa métrica te ajuda a entender o quanto você precisa gastar para conquistar novos clientes. Ela consiste em dividir os custos investidos para conquistar novos clientes pelo número de clientes que foram fechados durante um período. Veja um exemplo abaixo:
Se uma empresa gastou R$80 mil em um ano e conquistou 95 clientes, o CAC é de R$842,10.
CPA (Custo por Aquisição)
Costuma ser usada em campanhas de geração de leads. Diferentemente do CAC, o CPA é o custo gerado pela aquisição que pode ser de um lead, de um lead qualificado, de um contato, de um download (em casos de aplicativos). Quem define é você.
CPL (Custo por Lead)
É a quantia que você gasta para gerar cada lead. Some quanto foi gasto em anúncios, materiais e todo o processo e depois divida pelo número de leads que você gerou. Este é o custo que você pagou por cada lead. Ele ajuda a entender se a campanha está dando resultados.
Tráfego por Canal
Meça de onde chega o seu tráfego. A resposta mostrará quais de onde estão vindo os seus resultados. O Analytics tem uma funcionalidade que faz esse cálculo automaticamente.
Existem ainda diversas outras métricas que podem ser aplicadas como Ticket Médio, Valor de Tempo de Vida do Cliente (Lifetime Value), Taxa de Cliques (CTR), taxa de abertura de e-mail, taxa de cliques no e-mail, entre outras. É preciso saber os objetivos para depois estabelecer as métricas que serão monitoradas.
Ferramentas de Marketing Digital
As ferramentas são as maiores aliadas de quem utiliza o Marketing Digital. É por meio delas que você consegue rastrear e medir os resultados. Confira algumas das mais usadas abaixo.
SEO
As ferramentas de SEO contam com finalidades diferentes para ajudar a conquistar os melhores planos de otimizações e ranquear no Google, veja algumas sugestões:
- Pesquisar palavras-chave: SEMRush, Ahrefs e Ubersuggest.
- Checar o SEO técnico: MozBar, Yoast, Screaming Frog.
- Checar quantidade e qualidade de backlinks: Ahrefs, SEMrush, Google Search Console.
- Gerar sitemap: Yoast, XML Sitemaps.
Análises
- Análise de métricas: Google Analytics, Google Search Console.
- Análise da concorrência: BuzzSumo, SEMRush.
Design
- Tratamento e criação de imagens: Photoshop, Illustrator e Canva.
- Bancos de imagens: Pexels, Pixabay, Freepik, Unsplash.
Vídeo
- Edição de Vídeos: After Effects, Final Cut, Adobe Premiere, InShot (para Instagram e Tik Tok).
Automação
- Integrar a estratégia, enviar e-mails, gerenciar leads, entre outras ações: Pipefy, RD Station, Mautic, HubsPot, Leadlovers.
Redes Sociais
- Agendamento e monitoramento de redes sociais: Etus, mLabs, Quintly, Hootsuite.
Gestão de Projetos
- Organizar cronograma e acompanhar a evolução dos projetos: Asana, Evernote, Trello.
Ufa, quantas possibilidades. Com certeza essas não são as únicas disponíveis, mas conhecê-las já é um bom início para começar a colocar a mão na massa e iniciar a sua estratégia de Marketing Digital.
Planejamento de Marketing Digital
Agora que você já entendeu bastante sobre o tema, deve estar ansioso para criar um planejamento de Marketing Digital. Como você viu, existem muitas estratégias diferentes e maneiras de conquistar resultados, portanto, é preciso ir com calma. Alguns passos ajudam muito a estruturar seu plano de Marketing Digital, vamos listá-los abaixo.
1º passo: defina os objetivos
Nada de responder: vender. Esta será uma consequência. Primeiro você precisa entender porque não está vendendo o tanto quanto gostaria e depois maneiras de alcançar estes resultados. Uma maneira de definir seus objetivos é utilizando a estratégia SMART:
- Specific: deixar claro os objetivos para todos.
- Measurable: criar metas que podem ser medidas.
- Actionable: essas metas também precisam ser possíveis de atingir.
- Relevant: o objetivo precisa ser relevante de verdade para o seu negócio.
- Time-bound: coloque prazos nas metas estabelecidas, sendo que cada uma delas deve ter um prazo razoável de acordo com a complexidade.
2º passo: crie os indicadores de performance
Também conhecidos como KPI’s (Key Performance Indicators), os indicadores mostram se você está tomando as melhores decisões para chegar ao seu objetivo. Sendo assim, é preciso olhar para as metas e definir quais serão os indicadores.
Sua meta é gerar mais tráfego? Então um indicador possível é o número de acesso diário ao blog. As métricas usadas no marketing também podem ser usadas como KPI’s.
3º passo: conheça de verdade a sua persona
Vejo muitas empresas que ainda confundem o público-alvo com a persona. Falei antes no artigo sobre o conceito e para reforçar: seu plano de marketing precisa ter uma persona completa. Até mesmo perguntas que não parecem importante precisam ser respondidas como:
- O que sua persona faz no tempo livre?
- Que livros ela lê?
- Que lugares ela frequenta?
- Quais são os hábitos dela?
Conhecer sua persona de modo mais aprofundado vai ajudar a identificar oportunidades melhores e mais específicas.
4º passo: entenda como chegar ao seus objetivos conforme suas possibilidades
Não adianta criar um plano pensando em estratégias que não podem ser cumpridas. Se o seu orçamento é baixo, precisa entender quais são as limitações e como investir da melhor maneira possível.
Se não tem uma equipe à sua disposição, pode ser preciso realizar contratações de acordo com as ações necessárias ou de uma agência. Caso não haja essa possibilidade, é preciso entender que com redução de profissionais especializados e de recursos, os resultados também serão mais lentos e, provavelmente, menores.
Eu realizo serviço de produção de conteúdo voltado para estratégias de marketing digital. Saiba mais!